Comemoração do aniversário de Amílcar Cabral - 12 de Setembro
“A Luta continua. Antes era no mato, agora é na rua”
Em celebração do 91º aniversário de Amílcar Cabral, um grupo de rappers e ativistas do país decidiram comemorar a data na “linguagem do hip-hop”. Tendo em conta o pouco esforço político e das elites no engajamento das camadas mais jovens na valorização e comemoração das datas mais importantes do país, como 13 e 20 de Janeiro, 5 de julho e 12 de setembro, surge a ideia do FESTIVAL NACIONAL DE RITMO E POESIA. Evento a ser realizado anualmente no dia 12 de Setembro, em comemoração ao nascimento de Amílcar Cabral, sempre com base nos princípios do Hip Hop. Princípios esses que defendem a dignidade humana e a criação de igualdade de oportunidades.
A Associação Movimento Hip-Hop de Cabo Verde, em parceria com Ipericentro são os idealizadores do projeto e ficam a cargo de coordenar e garantir a excelência das atividades, presenteando a cidade da Praia com o maior festival de RAP já realizado em Cabo Verde. O evento contará com participação de 33 artistas convidados, de 4 ilhas do pais. Unem-se a essa iniciativa como parceiros: o Ministério da Cultura - Banco da Cultura e a Câmara Municipal da Praia.
Assim, de 19 de agosto a 14 de setembro, a dinâmica da cidade da praia será diferente, com cerca de 5 atividades centrais, divididas em mais de 27 sessões, desde campanha de doação de livros, workshops ao ponto alto que será o festival de música em frente á Estátua de Cabral. As actividades multiplicar-se-ão por inúmeros espaços da cidade: do Ipericentro no Plateau, às ruas e praças dos bairros da capital, passando pelo Auditório Nacional, Assembleia Nacional, Instituto Pedro Pires culminando no largo do Taiti, ao lado da estátua de Cabral. Esta I Edição do Festival Nacional de Ritmo e Poesia vai oferecer durante o decorrer do evento um novo formato de consciência patriótica e social com especial enfoque no engajamento de jovens e crianças com uma programação especial para as últimas.
A comemoração vai ao encontro do anseio dos jovens em ter uma participação mais activa na sociedade e, também, com a intenção de aproximar as crianças aos festejos, foi pensada a realização de oficinas durante a semana da comemoração para melhor incluir a nossa “flor da revolução”. A cidade da praia vai ser invadida com muito lirismo do Rap, debates, rima e poesia, oficinas e etc. num acontecimento inédito no país.
O diferencial do projeto está na reunião do maior contingente de rappers nacionais e no resgate da trajetória histórica de um líder e de uma nação sendo procurada e trazida para o cotidiano pelos próprios jovens.
“Kada um di nôs ê flor di revoluson!”
“A Luta continua”.
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